[...]"Irene mal acredita no que ouve, aquele homem, Nem-ninguém ou Curumim, seja lá como se chame , quer levá-la a passear! não tem vergonha de andar com mulher -dama na rua!, já despe o vestido verde,escolhe cor de bonina,quase novo,pouco usado,guardado como promessa de alguma coisa melhor que o dia-a-dia cinzento em que vive há tanto tempo, desde que pegou a doença e foi perdendo a esperança , pinta-se, não como sempre, para enganar os fregueses, mas de leve , cores claras como da primeira vez, no dia em que ficou moça e foi para a festa da igreja pensando em ver Romualdo,ai, saudade,Romualdo! onde andará Romulado?
Rosálio oferece o braço, onde a mulher pousa de leve a mão que brilha com as unhas pintadas cor de bonina como o vestido, e é ela quem vai guiando, quem sabe mais da cidade, vão no rumo da estação, que depois há um parque ainda deserto a esta hora, onde o sol, furando as árvores, salpica pelas calçadas poças de luz amarela[...]"
Rosálio oferece o braço, onde a mulher pousa de leve a mão que brilha com as unhas pintadas cor de bonina como o vestido, e é ela quem vai guiando, quem sabe mais da cidade, vão no rumo da estação, que depois há um parque ainda deserto a esta hora, onde o sol, furando as árvores, salpica pelas calçadas poças de luz amarela[...]"